O Campeonato Mundial de judô começa na madrugada desta terça-feira, 8, em Baku, no Azerbaijão. O Brasil levará 11 de seus 21 judocas aos tatames, a partir das 3h (de Brasília). Os combates serão realizados no Centro Heydar Aliyev, e terão transmissão ao vivo pelo YouTube da IBSA (sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos).
As disputas serão nos pesos até 48 kg e até 57 kg, para as mulheres, e até 60 kg e 73 kg, para os homens, nas duas categorias: J1 (cego total) e J2 (baixa visão). As finais serão disputadas às 10h.
O sorteio do chaveamento das lutas acontecerá nesta segunda-feira, 7, às 13h30 (horário de Brasília), e terá transmissão da IBSA.
Na madrugada de quarta, será a vez dos demais brasileiros entrarem em ação nos pesos até 70 kg e acima de 70 kg (feminino) e até 90 kg e acima de 90 kg (masculino). A competição ainda contará, na quinta-feira, com a disputa por equipes, quando judocas de cada país se enfrentam em um torneio interseleções – na última edição, em Odivelas (POR), em 2018, o Brasil foi bronze com as mulheres, além de ter ganhado duas medalhas no individual: ouro, com Alana Maldonado, e bronze, com Meg Emmerich.
Os brasileiros chegam ao Mundial embalados pelas conquistas das três etapas do Grand Prix da IBSA em 2022: Antalya (Turquia), Nur-Sultan (Cazaquistão) e São Paulo. A equipe mescla atletas experientes, como o paulista Antônio Tenório, de 52 anos, com outros novatos, a exemplo da paraense Victória Batista, 18, o país espera sair de Baku com medalhas e pontos preciosos no ranking mundial. É com base na classificação do ranking que se define quem disputará os Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
“Estou muito feliz por estar aqui, mas também bastante nervosa porque é minha primeira competição internacional. Quero ter um bom resultado, mas preciso controlar um pouco essa ansiedade para não atrapalhar meu rendimento”, diz Victória, que luta judô desde pequena. Ela perdeu a visão após complicações da prematuridade – nasceu com seis meses e teve má formação, além de descolamento de retina.
“Para mim, ainda funciona como uma grande Caixa de Pandora, você nunca sabe o que virá pela frente. Então, ainda tem o friozinho na barriga porque sou competitivo. No dia em que isso acabar, acabou o encanto”, garante Tenório, dono de seis medalhas paralímpicas e uma em Mundiais (foi ouro em 2006, na França).
Patrocício
O judô é uma das modalidades patrocinadas pelas Loterias Caixa.
*Com informações da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)