Sabrina e Lucas participam dos projetos do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Escola Paralímpica de Esportes e Reabilitar, respectivamente.
Até o dia 25 de outubro, o CT Paralímpico irá receber mais dois eventos da modalidade, além do Brasileiro: o Campeonato das Américas e o Mundial sub-23. Ao todo, estão inscritos mais de cem esgrimistas, representantes de catorze países, para as três competições. Todas elas contam com disputas femininas e masculinas, das três armas (florete, sabre e espada).
A paulista Sabrina, da Escola Paralímpica de Esportes, projeto de iniciação esportiva do CPB para jovens de 8 a 17 anos, conquistou a medalha de bronze na prova de espada categoria B, no primeiro dia do torneio nacional.
“Essa é minha segunda competição de esgrima. Estou muito feliz com a medalha. Já pratiquei outras modalidades, mas, agora, sinto que encontrei o meu lugar no esporte”, disse a esgrimista, referindo-se também à 2ª Copa Brasil, torneio no qual conquistou o ouro na mesma prova.
Sabrina, que tem mielite transversa, inflamação que ocorre na medula espinhal e limita os movimentos dos membros inferiores, também disputará o Campeonato das Américas e o Mundial sub-23 nesta semana.
Lucas, do projeto Reabilitar, que promove atividades esportivas às pessoas com deficiência atendidas por centros de reabilitação, também faturou a medalha de bronze, mas no florete categoria A. O atleta treina há sete meses na modalidade e repetiu o resultado obtido na 2ª Copa Brasil de esgrima.
“Ter subido ao pódio novamente foi importante para a sequência da minha careira, mas agora o foco é ser campeão brasileiro na próxima edição do torneio”, disse o atleta, que nasceu com má-formação na perna esquerda.
Ele e Sabrina são os primeiros alunos de esgrima de projetos do CPB a ter direito ao Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual a atletas brasileiros concedido pelo Governo Federal. “O valor da bolsa me ajudará a investir em materiais. Isso vai melhorar meu desempenho dentro da esgrima”, completou Lucas.
Outros resultados
Medalha de prata na espada categoria B nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, Jovane Guissone, da Associação dos Deficientes Físicos do Paraná (ADFP), conquistou dois ouros no Brasileiro.
Primeiro, ele foi dominante na prova do sabre, que sequer era a segunda arma há pouco tempo. Na final, ele bateu o colega de equipe, Anderson Pires, por 15 a 6. Depois, foi a vez de jogar espada, sua arma preferida, ocasião em que venceu Izaias Monteiro da Silva, também do clube paranaense, na decisão: 15 a 5.
No florete masculino A, a final teve um confronto em família. O filho, Kevin Damasceno, 18, venceu o pai, Fábio Damasceno, por 15 a 6.
Já na chave feminina, Mônica Santos triunfou na espada B ao vencer Suelen Rodolpho por 15 a 4. Na disputa da espada A, quem levou a melhor foi Carminha Oliveira. Ela venceu Rayssa Veras, na final, por 15 a 11. Por fim, no sabre A, Fabiana Soares foi a grande campeã. A vitória no jogo do título também foi contra Rayssa Veras, pelo placar de 15 a 8.
Escola Paralímpica de Esportes
A Escola Paralímpica de Esportes é idealizada e realizada pelo CPB e tem como objetivo promover a iniciação de crianças com deficiência física, visual e intelectual na faixa etária de 10 a 17 anos em treze modalidades paralímpicas.
São oferecidas aulas de atletismo, badminton, bocha, esgrima em cadeira de rodas, futebol de cegos, goalball, halterofilismo, judô, natação, tênis de mesa, tiro com arco, triatlo e vôlei sentado. Todas compõem o atual programa dos Jogos Paralímpicos, estabelecido pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês).
Os alunos são atendidos dois dias por semana, divididos em turmas às segundas e quartas-feiras e terças e quintas-feiras, em dois horários: das 14h às 15h30 e das 16h às 17h30.
As crianças recebem uniforme e lanche durante a estadia no CT Paralímpico. Também é disponibilizado transporte em locais estratégicos da Grande São Paulo. Todos os serviços são oferecidos gratuitamente. Para mais informações sobre o projeto, entrar em contato pelo e-mail: escolaparalimpica@cpb.org.br.
Patrocínios
A Escola Paralímpica de Esporte conta com o patrocínio do Grupo Volvo via Lei de Incentivo ao Esporte do Governo Federal.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
O atleta Jovane Guissone é integrante do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
