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Halterofilista carioca perde 7 kg em um mês e vence Segunda Fase Nacional do Circuito de halterofilismo com recorde em nova categoria

Tayana Medeiros durante Segunda Fase Nacional do Circuito de halterofilismo, no CT Paralímpico | Foto: Alexandre Carvalho / CPB

A halterofilista Tayana Medeiros, uma das representantes do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, precisou perder sete quilos em um mês e se adaptar a uma nova cidade antes de bater o recorde nacional e ser a campeã na categoria até 86 kg durante o segundo e último dia da Segunda Fase Nacional do Circuito de halterofilismo, neste domingo, 3, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. No sábado, 2, aconteceram as disputas masculinas.

A atleta carioca, que nasceu com uma doença chamada artrogripose, que compromete o movimento das pernas, havia feito uma mudança para a categoria acima dos 86 kg no primeiro semestre de 2022. Mas, após disputar algumas competições, optou por retornar ao peso corporal anterior. Neste domingo, levantou 130 kg e superou os 128 kg que havia alcançado em novembro de 2021, quando ainda fazia parte da pesagem até 86 kg.

“Foi uma surpresa bater esse recorde, pois eu tentei duas vezes atingir essa marca nos treinamentos e não consegui. Tinha pouco tempo para perder peso, perdi sete quilos em um mês, foi um grande sacríficio. Mas me senti bem aqui no Circuito e o resultado saiu”, afirmou Tayana Medeiros, que também é medalhista de prata por equipes mistas na etapa de Tbilisi da Copa do Mundo de 2021 e prata no Parapan de Limpa 2019.

Neste intervalo de tempo, a halterofilista também migrou de cidade – transferiu-se do Rio de Janeiro para Uberlândia, local onde agora realiza seus treinamentos. Para ela, foi uma “mudança radical em um curto período, porém, que deu certo no final”.

“Eu me sinto melhor nessa categoria, consigo ser mais competitiva com as atletas estrangeiras. Até em relação à saúde, locomocação, tenho condições melhores de caminhar. Quando estava mais pesada, tinha que ficar direto na cadeira, então dificultava mais. Depois desta competição, pretendo arrasar no Open [Regional das Américas, que vai ocorrer a partir do dia 8 até 11 de julho, nos Estados Unidos]. Não quero voltar de lá sem medalha. Estou indo para brigar pelas primeiras colocações”, completou.  

Além de Tayana, outras duas halterofilistas quebraram recordes brasileiros neste domingo no CT Paralímpico. A mineira Lara Lima, na pesagem até 41 kg, ergueu 97 kg e foi melhor em um quilo em relação ao próprio recorde anterior, no meio do ano. Já a potiguar Maria Rizonaide, entre as mulheres até 45 kg, levantou 89 kg e superou os 86 kg de Maria Luzineide de Oliveira, em 2013.

A campeã paralímpica nos Jogos de Tóquio Mariana D’Andrea foi a campeã na categoria até 73 kg ao atingir 136 kg na sua terceira tentativa e ficar com a medalha de ouro. A marca é bem próxima dos 137 kg que renderam o primeiro lugar no pódio no Japão e acima do feito no último Mundial da modalidade, quando foi vice-campeã com 135 kg. No Campeonato Brasileiro da modalidade, em maio deste ano, a atleta paulista chegou a levantar 138 kg.

“Tudo que eu e meu treinador fazemos é muito bem planejado. Combinamos de buscar essas marcas aqui na Segunda Fase Nacional do Circuito e economizar energia para o campeonato que vamos participar agora [Open das Américas]. Planejamos em tentar fazer a melhor marca na competição e do ranking, já pensando em Paris 2024”, finalizou Mariana D’Andrea.

As outras campeãs do dia foram Maria Luzineide (até 50 kg), Ana Paula Marques (até 55 kg), Naira da Cruz (até 61 kg), Maria de Fátima de Castro (até 67 kg), Caroline Alves (até 79 kg), e Edilândia Araújo (acima de 86 kg). 

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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