“Fiquei sabendo da possibilidade de obter essa bolsa de estudos junto ao Projeto Atleta-Cidadão e convidei um colega de tênis de mesa de Manaus, o Goutier Rodrigues, para tentarmos juntos. Passamos por todas as etapas do processo e obtivemos a chancela para tentar a graduação. Optamos pelo curso de Direito”, disse Alexandre.
“Precisamos cumprir alguns pré-requisitos para manter a bolsa, como não ser reprovado em nenhuma matéria, não faltar às aulas. Concorremos de igual para igual com os outros colegas graduandos que lá estão”.
Alexandre está no terceiro período do curso. Mesmo se dedicando aos estudos na Faculdade Estácio, ele não deixou de lado os treinamentos de tênis de mesa.
“Continuo treinando, mantendo minha vida esportiva. Tenho permissão para participar das competições. Aconselho aos demais colegas paralímpicos que tiverem oportunidade de se inscrever, não deixem de fazer. O Programa é bastante interessante tanto para graduação quanto para pós-graduação”.
Aos 40 anos de idade, Alexandre revela que a perspectiva de trilhar novos caminhos foi mais um motivo para fazer um curso universitário. Em especial, o que escolheu.
“O curso de Direito dá muitas informações relacionadas à área de humanas e, principalmente, conhecimento das legislações. Neste aspecto, se não conhecermos bem, acabamos perdendo algumas oportunidades. O curso vem trazer toda essa perspectiva. Vou até o fim e pretendo, como advogado, ser útil ao esporte e à sociedade de uma maneira geral”, disse o mesatenista.
Apesar de estar gostando e desfrutando do curso de Direito, Alexandre Alfon possui outro diploma universitário. É formado em Química pela Universidade Federal do Amazonas e, inclusive, dá aulas da disciplina.
“Sou professor de Química vinculado à Secretaria de Educação. Dou aulas pela manhã, à tarde e à noite e treino depois desses compromissos. Para conseguir isso tudo, preciso ser bastante disciplinado”, afirmou Alexandre, que, além de tudo, está também concluindo Mestrado em Química.
Mesmo com a vida cheia de atribuições, Alexandre garante estar aproveitando ao máximo a oportunidade de cursar Direito proporcionada pelo Programa Atleta-Cidadão.
“Ter uma bolsa de estudos faz com que você não se acomode. É preciso ter bom desempenho acadêmico para mantê-la. A oportunidade de conseguir uma graduação na esfera judiciária é um aspecto bastante motivador”, concluiu.
*Com informações da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM).
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Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)