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Melhor atleta feminina de 2021, Carol Santiago prevê “adversárias mais preparadas” no Mundial de natação

Carol Santiago exibe seu troféu durante Prêmio Paralímpicos 2021 | Foto: Marcello Zambrana/CPB
Dona de cinco medalhas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, a nadadora Carol Santiago, 36, recebeu dois troféus no Prêmio Paralímpicos 2021 na semana passada: melhor atleta de natação e melhor atleta feminina. Em meio às premiações, ela já tem planejado sua rotina de treinamentos e competições em 2022. O primeiro compromisso da pernambucana neste ano é a Seletiva para o Mundial de Natação.  

A Seletiva ocorrerá em março, no CT Paralímpico, em São Paulo, enquanto o Mundial será realizado no arquipélago da Madeira, em Portugal, entre os dias 12 e 18 de junho

Nesta entrevista, Carol, que compete na classe S12 (para atletas com deficiência visual), por ter nascido com síndrome de Morning Glory, alteração que reduz seu campo de visão, falou sobre como será o desafio de participar desses dois eventos, sendo um dos principais nomes da natação paralímpica brasileira. Após voltar ao Brasil como a atleta mais laureada do país nos Jogos de Tóquio, destacando-se no cenário nacional e internacional, a nadadora acredita que suas adversárias estarão ainda mais preparadas para tentar superá-la nas piscinas portuguesas. 

Vale lembrar que, na capital japonesa, Carol conquistou três medalhas de ouro (50m/100m livre e 100m peito), uma de prata (revezamento 4×100 m livre misto 49 pontos) e outra de bronze (100m costas). 

Depois de cinco medalhas nos Jogos paralímpicos Tóquio 2020, você recebeu mais duas premiações após uma eleição interna do Comitê Paralímpico Brasileiro. Qual é a sensação? 
Estou muito feliz! Foi incrível receber esses troféus! Eles atestam todo o trabalho que fizemos em 2021. Pensando na minha preparação para Tóquio, o que eu mais queria era chegar competitiva. Eu imaginava conquistar uma medalha de ouro, mas três foi incrível! Dedico esses dois troféus no Prêmio Paralímpicos aos meus pais, que sempre me acompanharam e me apoiaram. Além disso, agradeço à minha comissão técnica. Nunca disse: ‘Eu venci’. Sempre é ‘vencemos’, pois as vitórias são em conjunto e sou acompanhada pelos melhores profissionais. 

Como tem sido sua rotina desde o fim dos Jogos Paralímpicos de Tóquio?
Tive um mês de férias quando voltamos do Japão. A ideia foi voltar e treinar direto até a Seletiva para o Mundial. A Seletiva está marcada para março e o Mundial será em junho. Pretendo fazer bons índices na Seletiva, focando nas provas de crawl, nos 50 m e 100 m livre, que são as minhas provas principais. O fato de a Seletiva ser no próprio Centro de Treinamento Paralímpico me ajuda. Eu me sinto em casa no local. 

Há diferença de preparação para os Jogos Paralimpícos e para o Mundial? 
O planejamento é o mesmo. O programa de velocidade do Leonardo Tomasello [técnico-chefe da Seleção Brasileira de natação] é muito bom e eu me dei muito bem com ele. Então, quero aproveitar ao máximo a comissão técnica para tirar os melhores resultados deste programa. Vamos para a base  [período de concentração e treinamento] no CT Paralímpico, intercalando treinos na piscina e de força na academia. São treinos que exigem muito fisicamente de nós, atletas, mas que dão resultado. Costumo dizer que em time que está ganhando não se mexe. Não se mexe em programa que está ganhando também [risos]. Embora, eu reconheça que, da minha parte, há muita coisa que possa ser melhorada. 

Fale mais sobre os treinos.
O [Leonardo] Tomasello sempre tira o meu melhor nado. Os treinos dele são desafiadores e eu gosto disso. Competir e buscar o meu melhor são coisas que me motivam. Nas provas, faço aquilo que estou acostumada a performar todos os dias nos treinos. É algo natural para mim. Sou bastante competitiva. Gosto muito quando o meu melhor é o suficiente para ganhar e o hino nacional toca por causa de uma vitória minha. 

Como está sua expectativa para a Seletiva e para o Mundial? 
Estou muito animada para voltar a competir e fico feliz por a Seletiva ser em casa [CT Paralímpico], pois conseguimos nos preparar de maneira adequada. Inclusive, em termos de alimentação. Tudo é favorável para eu conseguir fazer boas provas. Depois que passar a Seletiva, vou focar no Mundial. Serão uns três meses entre uma competição e outra. A ideia é ficar ainda mais forte, física e psicologicamente, para aguentar um programa que inclui os 50 m e os 100 m livre, além de outros estilos e revezamentos. O Mundial vai ser extenso e desafiador. É a competição mais importante do ano na nossa modalidade. Todas as minhas adversárias estarão bem preparadas. Nas provas que geralmente participo, a vencedora ganha por muito pouco. Eu mesma já ganhei prova em um Mundial por um centésimo. 

Você falou sobre chegar bem psicologicamente. Conte um pouco sobre a importância deste preparo psicológico na sua carreira. 
Geralmente, a gente analisa o que deu errado. Mas, depois de Tóquio, conseguimos analisar o que deu certo, com profissionais de todas as áreas. Inclusive, a psicológica. Foi muito importante o treinamento mental para eu conseguir os bons resultados no Japão. Foi essencial o acompanhamento do Fabrízio  [Veloso, psicólogo do CPB]. Às vezes, ele conversava comigo minutos antes das provas. Claro que as áreas médica e fisioterápica, entre outras, também fizeram a diferença. Agora, para o Mundial, darei ênfase a todas elas novamente. Eu sei que sou a nadadora a ser batida. Por isso, a preparação deve ser ainda mais intensa.

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
A atleta Carol Santiago é integrante do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 70 atletas e sete atletas-guia.

Patrocínio 
A natação brasileira tem patrocínio das Loterias Caixa.

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