O judô é uma das modalidades que mais garantiram medalhas ao Brasil na história dos Jogos Paralímpicos, atrás apenas do atletismo e da natação. Foram 25 pódios no total, sendo três na última edição do megaevento paradesportivo, realizada em Tóquio: Alana Maldonado (ouro na categoria até 70kg), Lúcia Teixeira (bronze na categoria até 57kg) e Meg Emmerich (bronze na categoria acima de 70kg).
Além disso, a modalidade também foi a responsável pela primeira medalha de ouro do país em Jogos Paralímpicos, com o judoca Antônio Tenório (até 100 kg), que alcançou o feito em Atlanta 1996.
Com o objetivo de descobrir e formar mais talentos no judô, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) disponibiliza aulas da modalidade na Escola Paralímpica de Esportes, projeto que tem como objetivo promover a iniciação esportiva a crianças com deficiência entre 10 a 17 anos.
Segundo Ana Gomes, professora de judô na Escolinha do CPB explica que, além de estar inserido na faixa etária exigida, o (a) aluno (a) também necessita entender que a modalidade, voltada a participantes com deficiência visual, acima de tudo, ajuda a desenvolver um sentimento de disciplina nos judocas.
A educadora também destaca que os benefícios gerados pela prática do judô vão muito além da busca pelo alto rendimento. “Na Escola Paralímpica de Esportes, trabalhamos valores, entre eles, a amizade, o respeito, a determinação, a coragem, a igualdade e a inclusão. Costumo dizer que o judô é mais do que um esporte. É um estilo de vida. Nosso trabalho é formar mais do que atletas. É formar campeões para a vida”, disse.
Ana ainda ressaltou que a modalidade auxilia no desenvolvimento dos sentidos, da orientação espacial e da sensibilidade auditiva, além de criar uma oportunidade de treinamento do tato e de melhorar as capacidades físicas, como força, resistência e flexibilidade, bem como os equilíbrios estático e dinâmico.
“O judô atua na diminuição do risco de lesões, com a aprendizagem educativa de quedas, e na melhora da mobilidade e orientação. Por fim, também aumenta a autoestima do praticante”, completou.
Além do judô, outras nove modalidades são contempladas na Escola Parlímpica de Esportes: atletismo, bocha, esgrima em CR, goalball, futebol de 5, natação, parabadminton, tênis de mesa e vôlei sentado. Todas compõem o atual programa dos Jogos Paralímpicos, estabelecido pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês). Para saber mais sobre a Escola Paralímpica de Esportes, clique aqui.
Saiba como se inscrever nas Escolinhas do CPB
Para se inscrever nas atividades de judô da Escola, o aluno precisa ter entre 10 e 17 anos. O responsável pelo jovem necessita preencher a ficha de cadastro disponibilizada aqui. As inscrições também podem ser realizadas pessoalmente no Centro de Treinamento Paralímpico (Rodovia dos Imigrantes, km 11.5, São Paulo-SP).
Os alunos são atendidos dois dias por semana, divididos em turmas às segundas e quartas-feiras e terças e quintas-feiras, em dois horários: das 14h às 15h30 e das 16h às 17h30.
As aulas retornaram com os seguintes protocolos sanitários: todos deverão utilizar máscara, com exceção dos alunos no momento das atividades; os acompanhantes deverão apresentar o comprovante de vacinação contra Covid-19, assim como os alunos dentro da faixa etária do Programa Nacional de Vacinação.
As crianças recebem uniforme e lanche durante o período que estão no CT Paralímpico. Também é oferecido transporte em locais estratégicos nos municípios parceiros. Todos os serviços são oferecidos gratuitamente.
Para mais informações sobre o projeto, entrar em contato pelo e-mail: escolaparalimpica@cpb.org.br
Patrocínio
A Escola Paralímpica de Esporte conta com o patrocínio do Grupo Volvo via Lei de Incentivo ao Esporte do Governo Federal.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)