As Paralimpíadas Escolares, que acontecem neste ano entre os dias 23 e 26 de novembro, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, tornaram-se um grande celeiro de atletas paralímpicos. Entre todos os medalhistas dos Jogos de Tóquio, 27 atletas já participaram do evento realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2009. Em 2021, 851 atletas estão inscritos no total, de 24 unidades da federação – as exceções são Alagoas, Minas Gerais e Rondônia.
Na edição deste ano, a competição contará com 13 modalidades: atletismo, basquete em cadeira de rodas (formato 3×3), bocha, futebol de 5 (para cegos), futebol de 7 (para paralisados cerebrais), goalball, judô, natação, parabadminton, parataekwondo, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado.
O nadador Wendell Belarmino, da classe S11 (para cegos), que conquistou três medalhas nos Jogos de Tóquio, participou do maior evento para jovens em idade escolar em 2013 pela equipe do Distrito Federal.
“As Paralimpíadas Escolares foram importantes porque foi ali que eu descobri que realmente gostava do esporte. Eu gostei muito da atmosfera da competição, e foi ali que eu decidi me dedicar, fazer o que era preciso para um dia chegar aos Jogos Paralímpicos. Eu fico muito feliz que o CPB mantenha esse evento, pois foi a porta de entrada para mim e pode ser para tantos outros atletas”, contou o campeão mundial e paralímpico nos 50m livre.
Já a mesa-tenista Bruna Alexandre (classe 10), bronze na capital japonesa, representou Santa Catarina aos 11 anos nas Paralimpíadas Escolares. “Foi onde tudo começou para mim, ganhei experiência ali. Me marcou muito ter competido contra os meninos, pois não tinha meninas suficiente. Foi a maior experiência que eu tive, foi tipo um tapa na cara logo no começo da minha carreira jogar contra eles, mas me ajudou bastante e consegui me surpreender e o ginásio inteiro ficou olhando”, recordou Bruna.
A arremessadora Julyana Silva, bronze em Tóquio 2020 no arremesso de peso, debutou no atletismo nas Paralimpíadas Escolares de 2013. “Foi minha primeira competição no atletismo, já tinha participado pela natação, de 2009 a 2011 e, para mim, foi muito importante porque vi que o atletismo poderia se tornar uma profissão”, completou.
Além deles, entre os medalhistas nos Jogos de Tóquio que já marcaram presença nas Paralimpíadas Escolares estão o velocistas Petrucio Ferreira e Washigton Nascimento (ouro e bronze nos 100m T47), o nadador Talisson Glock (ouro nos 400m livre S6), o jogador de goalball Leomon Moreno (ouro com a Seleção Brasileira), as nadadoras Cecília Araújo (prata nos 50m livre S8), Mariana Gesteira (bronze nos 100m livre S9), os jogadores de futebol de 5 Tiago Silva e Jardiel Soares (ouro com a Seleção Brasileira).
As Paralimpíadas Escolares tiveram a sua primeira edição em 2009. Em 2020, o evento não foi realizado devido à pandemia de Covid-19. Na última edição, em 2019, mais de 1.200 atletas participaram da competição, que contou com representantes de todos os estados e do Distrito Federal.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)