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Único atleta brasileiro do tiro esportivo, Alexandre Galgani mira inédita medalha nos Jogos Paralímpicos

Alexandre Galgani se concentra durante sessão de treinos para o megaevento/Foto: Arquivo pessoal

*Matéria atualizada em 24 de agosto de 2021.

A equipe de tiro esportivo brasileira está a caminho de Tóquio. O atleta Alexandre Galgani, 38 anos, o coordenador técnico, James Neto, e o staff, Edson Kleber, vão desembarcar nesta segunda-feira, 23, na capital japonesa depois de uma pré-temporada no Centro Nacional de Tiro Esportivo, em Deodoro, no Rio de Janeiro.  
Após passar um longo período longe das competições oficiais, por conta da pandemia, e treinando no estande montado em sua própria casa, na cidade de Sumaré, interior de São Paulo, Calgani é o único brasileiro do tiro esportivo nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. O atleta paulista e a equipe estavam entre os dias 12 e 20 de agosto, no Rio de Janeiro, realizando os últimos ajustes técnicos antes das competições no Japão. 

“Por conta da pandemia da Covid-19, os campeonatos foram cancelados. Fiquei quase dois anos sem disputar uma prova com atletas de alto nível e isto faz falta, mas mantive o ritmo de treinamento na minha casa”, contou o atirador, que participa pela segunda vez de uma edição nos Jogos Paralímpicos. Nos Jogos Rio 2016, Galgani terminou a prova R4 (carabina de ar de pé 10m SH2) em 18º lugar. 

A estreia do atirador paulista nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 será dia 30 de agosto, na prova R4 de carabina de ar de pé 10m. Alexandre também compete nas provas no R5 (carabina de deitado 10m SH2) e no R9 (carabina .22 deitado 50m SH2). 

“Eu me sinto muito preparado para a competição. Acho que tenho condições de voltar com uma medalha”, afirmou Alexandre, que nos Jogos Parapan-americanos de Lima conquistou a medalha de prata na prova carabina de ar de pé 10m, a R4.

Nas provas de tiros esportivos, a fase classificatória é composta por 60 tiros e os oitos melhores atletas se classificam para a disputa final. Na fase seguinte, a final, os pontos são zerados e são 24 tiros. Vence o atleta que tiver mais pontos, ou seja, que acertar mais vezes o alvo com a maior pontuação. 

Na bagagem para Tóquio, Alexandre leva resultados expressivos em competições anteriores, como as duas pratas conquistadas em eventos internacionais: uma na etapa de Al Ain da Copa Mundo, nos Emirados Árabes Unidos, em 2019, e outra no Parapan-Americano de Lima 2019, além da experiência dos Jogos do Rio 2016. Para a viagem de volta, o atirador paulista deseja retornar para Sumaré com a tão sonhada medalha paralímpica. 

“O mais legal do tiro esportivo é que não tem um atleta favorito. Todos que vão participar dos Jogos de Tóquio têm condições de conquistar um pódio. Eu sou o meu principal adversário. Se eu conseguir me concentrar do jeito que estou treinando, tenho muita chance de chegar às finais das três provas. Só depende de mim! Vou dar o meu melhor para me classificar à etapa final e terminar no pódio. Este é o meu maior sonho!”, destacou Alexandre.

Histórico 

Aos 18 anos, Alexandre Galgani mergulhou em uma piscina, bateu a cabeça no fundo e sofreu uma lesão na coluna, que o deixou tetraplégico. Ele sempre esteve em contato com o tiro ao brincar com carabinas de chumbinho. Em 2013, conheceu o treinador da Seleção Brasileira, James Neto, e foi a Curitiba (PR) para receber orientações sobre o esporte. Galgani é da classe SH2, atiradores de carabina que não possuem habilidade para suportar o peso da arma com os braços e precisam de suporte para atirar. Ele é o único atleta da modalidade individual a representar o Brasil em Tóquio. 
 

Confira os dias e os horários (aproximados) das provas:

30/08 R4 (Carabina ar de pé) 01h15 (horário Brasília) 
31/08 R5 (Carabina ar deitado)  23h30 (horário de Brasília) 
04/09 R9 ( Carabina 22 deitado) 00h30 (horário de Brasília) 

Patrocínio
A delegação brasileira e tiro esportivo têm o patrocínio das Loterias Caixa.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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