Romário é capitão da seleção brasileira de goalball que disputa uma medalha de ouro, a partir desta quarta-feira, 25, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Tal qual como ocorreu com o homônimo do futebol e hoje senador da República, Romário do goalball também é peça fundamental em sua equipe e também é o capitão e líder natural do grupo.
O selecionado nacional, comandado pelo técnico Alessandro Tosim, está no Grupo A do torneio paralímpico, e estreia logo diante da Lituânia, às 21h (de Brasília). Argélia, Japão e Estados Unidos são os demais rivais do grupo.
Quando o árbitro autorizar o primeiro arremesso e Romário estiver ao piso da arena Makuhari Messe ele terá a oportunidade de experimentar um feito único nesta seleção: é o único do elenco com quatro participações em Jogos Paralímpicos.
Quando Romário nasceu, há 32 anos, o pai, seu Almir, flamenguista, homenageou o craque que surgia no futebol mundial, muito embora tenha sido revelado no clube rival do seu time do coração, o Vasco. Romário do goalball nasceu em Natal, Rio Grande do Norte, acometido por uma retinose pigmentar.
Começou no goalball em 2005. Três anos mais tarde, estava com a seleção na disputa dos Jogos Paralímpicos de Pequim 2008. À época, o Brasil não era a potência dos dias atuais, e amargou a 11ª colocação, à frente apenas da Espanha. Quatro anos mais tarde o Brasil já disputava a final contra a Finlândia, em Londres 2012.
Nova função
Hoje atua como pivô, centralizado na quadra, uma função mais defensiva na estratégia da modalidade, mas ele tem a capacidade de flutuar para as alas, onde já brilhou e anotou muitos gols tanto pelos clubes em que atuou como pela própria seleção.
“Posso jogar muito pelas alas, já fui muito tempo de uma função de ataque, agora, como pivô, ajudo sempre que posso” explicou Romário.
Desde 2018, Romário foi escolhido pelo técnico Tosim o capitão da equipe nacional, posição que há mais de uma década era ocupada por Alex Celente, o Gaúcho. “Romário é um cara excepcional, excelente jogador e agrega demais a este grupo, é uma liderança natural”, explicou Alessandro Tosim.
Com a sabedoria que só a experiência traz ao atleta, Romário não se assusta com a tabela de jogos puxada na primeira fase e mantém o otimismo quanto à campanha nos Jogos Paralímpico de Tóquio.
“Jogos Paralímpicos não são fáceis, mas a gente sabe da capacidade da equipe brasileira e desses jogadores que estão aqui, vamos suar sangue para conseguir essa medalha de ouro inédita ao Brasil”, comentou Romário sobre o torneio.
Patrocínio
A delegação brasileira e o goalball têm o patrocínio das Loterias Caixa.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)