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Grupo de nadadores paralímpicos isolados treina pela primeira vez no Japão

Foto: Taiana Lopes/CPB

Depois de seis dias em solo japonês, 12 nadadores treinaram pela primeira vez nesta quinta-feira, 12, em Hamamatsu. O grupo estava em isolamento total desde o dia 6, pela possibilidade de exposição ao vírus durante o voo por contato próximo ao membro da delegação que testou positivo ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Narita, no Japão.

O retorno a piscina teve muitos risos e espírito de equipe. Em horário separado dos demais atletas que estão na cidade para aclimatação, os nadadores tiveram aproximadamente duas horas de treino na tarde desta quinta, horário local.

O multimedalhista Daniel Dias (classe S5), que compartilhou em suas redes sociais o drama do impedimento dos treinos celebrou: “Agora estou de volta, é se fortalecer com essa situação e focar no grande objetivo que a gente tem como Seleção. É seguir sorrindo, com os olhos devido a máscara, e trabalhando”. 

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio serão os últimos na carreira do maior medalhista paralímpico brasileiro, com 24 medalhas.

Já para o estreante em Jogos, Wendell Belermino (S11) o sentimento era de saudade. “Foi ótimo ter voltado a treinar depois de seis dias preso no quarto. Foram muitas emoções misturadas: animação, ansiedade, vontade. Foi indescritível a sensação. Matei a saudade da piscina e de encontrar com algumas pessoas”, relatou o campeão mundial.

A Seleção brasileira de natação nos Jogos Paralímpicos de Tóquio contará com 36 nadadores. As provas se iniciam no dia 25 de agosto no Centro Aquático de Tóquio. Até a próxima semana, os nadadores treinam na cidade de Hamamatsu.

“Foi como aprender a nadar novamente. Dar as primeiras braçadas após uma semana foi sensacional, foi como já dar as primeiras braçadas para competir”, contou Joana Neves, prata nos 50m borboleta no Mundial de Londres 2019.

Ao todo, 52 pessoas da delegação paralímpica brasileira estão em isolamento em quatro hotéis na cidade de Hamamatsu desde que foi identificado contato com um indivíduo que testou positivo para novo coronavírus na chegada ao Aeroporto Internacional de Narita, no Japão, no início da noite de sexta-feira, 6.

Atletas do halterofilismo, tênis de mesa e goalball, que também se encontraram em isolamento total, retornam aos treinos nesta tarde.

Os atletas e membros da delegação seguem isolados em seus quartos, onde também realizam as refeições e teste PCR diário, tendo apenas permissão para a realização de treinamentos em horários específicos e de forma isolada dos demais. Todo o grupo possui resultado negativo para Covid-19. Por esta razão, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) solicitou desde o primeiro dia de isolamento total às autoridades locais para que fosse liberado o treinamento destes atletas, como o previsto para os casos de Contatos Próximos no protocolo sanitário, playbook, dos Jogos de Tóquio.

Pelo protocolo do Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio, todas as pessoas que sentaram-se num raio de duas fileiras de assentos ao redor deste indivíduo infectado devem ser isoladas, pela possibilidade de exposição ao vírus durante o voo. O playbook, em sua última atualização enviada ao CPB em 15 julho de 2021, diz que é permitido aos atletas que mantiveram “contato próximo” treinar, igualmente em isolamento, e até mesmo competir nos Jogos de Tóquio. Assim foi feito, por exemplo, com atletas olímpicos da África do Sul, da Rússia e da Itália durante os Jogos Olímpicos de Tóquio.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
 

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