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Live Paralímpica: atletas contam particularidades e desafios que as mulheres têm no esporte

Na Live Paralímpica desta quarta-feira, 21, as atletas Edênia Garcia, Márcia Menezes e Viviane Ferreira contaram os desafios, as particularidades em ser atleta mulher. O bate-papo aconteceu na página oficial do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) no Facebook.  

Iniciada no mês de maio, a Live Paralímpica compõe o conjunto de ações feitas pelo CPB durante a pandemia do Covid-19. Ao todo, já foram realizadas 20 transmissões ao vivo. Confira a playlist completa aqui.            

A halterofilista Márcia Menezes contou que algumas pessoas próximas foram contra a sua escolha pelo halterofilismo. “Ouvi que era esporte para homem, que ia ficar com um braço maior do que eu já tinha por que quem tem sequela de poliomielite acaba desenvolvendo bastante os membros superiores. Mas eu me apaixonei pelo halterofilismo e não liguei para nada disso e depois as pessoas me apoiaram”, relatou a atleta, que foi a responsável pela primeira brasileira na modalidade em campeonatos mundiais.  

A velocista Viviane Ferreira ouviu frases semelhantes, que ficaria com o corpo masculinizado se fizesse atletismo. “O meu técnico brincava comigo que eu não sabia se queria ser atleta ou não porque não queria fazer os exercícios com medo de musculosa. No começo eu não sabia se ouvia as pessoas que diziam que eu ia ficar com corpo masculino ou se continuava treinando e competindo. Hoje não me incomodo mais com isso”, revelou a medalhista de bronze no Mundial de Dubai nos 100m T12 (para atletas com baixa visão).  

Para a nadadora tetracampeã mundial nos 50m costas S3 Edênia Garcia o estereótipo das nadadoras foi algo complicado durante algum tempo. “A gente já começa na natação com o estereótipo dos corpos das nadadoras convencionais, magras, fortes, seca, e eu nunca fui assim. Nunca correspondi essa expectativa das pessoas. Eu me cobrava muito por não ser igual a esses corpos e só depois dos 30 anos que eu comecei a me enxergar, a me aceitar”, revelou a nadadora.  

Edênia também contou como lidou com alguns tabus quando começou a nadar aos 12 anos. “A minha primeira menstruação eu já estava na natação. Minha mãe fez a ponte de falar para os treinadores que eu estava menstruada, coloquei algodão, calcinha, maiô, toda uma técnica para eu poder nadar. Depois eu descobri com as outras meninas que nadavam comigo que não precisava de nada daquilo. Esse contato com elas fez toda a diferença”, relatou a nadadora.  

Já Márcia compartilhou que este período é um dos mais proveitosos na modalidade devido ao aumento de hormônios, mas que também requer atenção. “Eu fico mais forte devido aos hormônios que aumentam naturalmente. O que a gente tem que ter cuidado é com o aumento do peso devido ao inchaço, já que a nossa competição é baseada no peso corporal e somos desclassificadas se estivermos fora da categoria no dia da pesagem”, explicou.  

Os atletas deficientes visuais contam com o auxílio do atleta-guia durante as provas de atletismo e na Seleção Brasileira, por exemplo, todos os guias são homens. Questionada sobre mulheres guias, Viviane contou que só conhece uma atleta guiada por mulher. “Os homens acabam tendo um rendimento maior para guiar um atleta de alto rendimento. Eu só soube de uma atleta que é guiada por mulher, uma atleta da Itália, mas isso é muito difícil de acontecer”, explicou.  

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível    
A atleta Viviane Ferreira é integrante do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 70 atletas e sete atletas-guia.      

Time São Paulo  
A atleta Edênia Garcia é integrante do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo que beneficia 61 atletas e dois atletas-guia de 11 modalidades.    

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

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  • Toyota
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