Cada vez mais, a quantidade de atletas paralímpicos tem crescido significativamente no Brasil, assim como os resultados expressivos e recordes obtidos em importantes competições, como os Jogos Paralímpicos. Consequentemente, o surgimento de lesões também tem aumentado nos praticantes e, com isso, a ação da fisioterapia tem sido mais relevante e tem ganhado mais espaço a cada ano.
Um reflexo desta importância foi a criação do Dia Nacional do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional, celebrado neste 13 de outubro desde 2015, quando foi sancionada a lei nº 13.084.
Com o crescimento dos esportes paralímpicos no Brasil, a demanda por profissionais da fisioterapia tem aumentado bastante. Para se ter uma ideia, nos Jogos Parapan-americanos de Lima 2019, quase 30 fisioterapeutas fizeram parte da delegação brasileira.
Antigamente, a fisioterapia estava atrelada somente à reabilitação dos atletas. No entanto, após estudos recentes e novas especializações da área, o fisioterapeuta especializado em esportes paralímpicos também trabalha na prevenção de lesões e no condicionamento físico, explica Mauro Augusto Melloni, coordenador de fisioterapia do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Atua ainda na classificação funcional nos comitês e competições.
"Atualmente, trabalhamos com três grandes pilares na fisioterapia no esporte paralímpico: a reabilitação efetiva, o processo de prevenção de lesões, e manutenção das capacidades físicas, que vai contribuir muito com o retorno do atleta aos treinamentos, em um nível físico similar ao que foi adquirido com os treinadores antes da lesão", afirma o profissional do CPB desde 2014.
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Mauro conta que, atualmente, até atletas não lesionados também podem fazer uma sessão de fisioterapia para fazer algum trabalho específico no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, e não somente os esportistas com desequilíbrios musculares. Para isso, a equipe faz uma avaliação física semanal em cada atleta para fazer este acompanhamento e definir os objetivos de melhora ou correção de gestos esportivos, por exemplo.
"Em geral, cada deficiência tem uma determinada especificidade e diferentes desafios para a equipe da fisioterapia. Com os atletas com paralisia cerebral, são os que temos de ter mais atenção para diminuir os desequilíbrios musculares", aponta.
Entre atletas paralímpicos, as lesões musculoesqueléticas (músculos, ossos, ligamentos, entre outros) são as mais frequentes. Mas as lesões esportivas podem se manifestar de várias formas em atletas com diferentes deficiências. Por isso, o tratamento deve ser igualmente diversificado e individualizado.
"Gostaria de homenagear e parabenizar por esta data todos os profissionais da fisioterapia que atuam no CT Paralímpico, que compartilham com as ideias e se dedicam diariamente em prol dos resultados nos nossos atletas. E estendo esta saudação a todos os nossos colegas de profissão de todas as modalidades", finaliza Mauro.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)