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Saiba como competem os atletas com deficiências físicas mais severas na natação paralímpica

Foto: Ale Cabral/CPB

Neste dia 11 de outubro, comemora-se o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Física. A data, instituída pela lei nº 2.795, promulgada em 15 de abril de 1981, tem como objetivo estimular a conscientização sobre a importância da inclusão das pessoas com deficiência na sociedade.  

E o esporte tem assumido papel fundamental neste cenário, principalmente, devido a atuações de entidades como o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que trabalha com a promoção do desporto adaptado desde a base até o alto rendimento. 

A valorização e estímulo à participação de atletas com deficiência, principalmente as mais severas, em eventos esportivos é um dos objetivos traçados no Planejamento Estratégico do CPB 2017-2024. Nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019, 25% dos atletas com deficiência física eram das chamadas “classes baixas” (para atletas com deficiências mais severas). Com esta marca, o CPB superou o objetivo de 12% estabelecido para os Jogos Parapan-Americanos de 2023, em Santiago, Chile. 

Também em 2019, o Circuito Loterias Caixa de atletismo, natação e tiro esportivo teve, aproximadamente, 2 mil atletas com algum tipo de deficiência física, sendo 142 consideradas classes baixas de acordo com as regras específicas de cada modalidade. 

Com isso, a prática de atividade física por pessoas com deficiência física tem aumentado cada vez mais. Atualmente, este é o tipo de deficiência mais presente no esporte paralímpico.   

A natação paralímpica, por exemplo, é um dos principais esportes no processo terapêutico ou de reabilitação de pessoas com deficiência física.  

Já no âmbito esportivo, os atletas com deficiência física são divididos em 10 classes funcionais de acordo com a capacidade físico-motora e os nadadores com deficiências mais severas são chamados de “classes baixas” (por serem classificados entre as classes de um a cinco). Nesta categoria, são utilizados alguns implementos para auxiliar na execução da prova.  

Pela regra da natação, os esportistas podem utilizar implementos, como toalhas e extensores, segurados com os membros superiores ou com a boca, para ajudar na saída do nado costas devido às limitações. Também é permitido que um membro da equipe técnica segure o atleta pelos tornozelos até o momento da largada da prova. 

Nas demais provas, estes atletas podem realizar a largada de dentro da piscina devido às limitações nos membros inferiores. O nadador conta com ajuda de um membro da comissão técnica para auxiliá-lo a entrar e sair da piscina e, caso o atleta opte por sair do bloco, o profissional pode equilibrá-lo na região do quadril. Este auxiliar não pode impulsionar o atleta de forma alguma, apenas ser um suporte. Caso a arbitragem identifique alguma irregularidade, o atleta pode ser desclassificado da prova. 

Cada atleta, junto com sua equipe técnica, escolhe o tipo de material que será utilizado e quem será a pessoa que auxiliará. Vale ressaltar que o uso do apoio na saída de bloco não é um recurso exclusivo dos nadadores das classes baixas.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
 

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