A Seleção Brasileiro de futebol de cinco conquistou, na manhã deste domingo, 9, o título de campeã das Américas. A incontestável vitória por 2 a 0 sobre a arquirrival Argentina, na arena do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, a equipe nacional levanta o troféu pela sexta vez em nove edições realizadas desde 1997.
O pernambucano Raimundo Nonato foi o grande nome da decisão, com dois gols, todos no primeiro tempo de jogo. Ele encerra a competição como artilheiro, com nove bolas nas redes rivais em seis apresentações.
Foram os dois primeiros gols que os argentinos sofreram no Campeonato das Américas. Els chegaram à decisão com três vitórias e dois empates sem gols – um dos quais contra a Seleção Brasileira, na abertura da competição, na terça-feira, 4. Já a campanha do time da casa somou cinco triunfos e um empate, com 15 gols marcados e só um sofrido (na goleada por 4 a 1 sobre o Chile, no encerramento da primeira fase).
O primeiro gol do jogo foi de pênalti. O gaúcho Ricardinho foi puxado dentro da área aos oito minutos de jogo. Nonato cobrou de pé direito no canto esquerdo do goleiro. A bola beijou a trave antes de morrer no fundo da rede. Cinco minutos depois, Nonato desenvolveu uma jogada individual desde o campo de defesa, invadiu a área e tocou com classe na saída do arqueiro rival.
"Sempre busco dar o meu melhor, mas não esperava ser premiado com estes dois gols na final. A vibração da torcida foi incrível. Saber que estão ali apoiando e torcendo deu um gás a mais para todo o time dentro de campo", disse o pernambucano de Orocó.
O placar deste domingo, 9, repete o da última final que os dois vizinhos da América do Sul disputaram. No Mundial da modalidade, em junho de 2018, os brasileiros aplicaram iguais 2 a 0 nos argentinos. Na ocasião, Ricardinho e Nonato foram os anotadores.
"Dentro de casa é sempre bom jogar com a torcida. A pressão é muito grande aqui, porque não poderia deixar escapar este título. Mas fizemos por merecer. Nossa Seleção é muito qualificada e a cobrança é sempre grande, não podemos tirar o pé nem em amistoso, quanto mais em Copa América em casa", disse Ricardinho Alves, gaúcho de Canoas.
No âmbito regional, o Brasil consegue dar o troco na Argentina. Na última edição do Campeonato das Américas, em dezembro de 2017, a Albiceleste impediu nosso terceiro título consecutivo com um triunfo nos pênaltis, após empate sem gols no tempo normal. Se serve como consolação para os visitantes, o fato de ter chegado à final garantiu aos argentinos a vaga da América do Sul nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.
O Campeonato das Américas dava uma vaga no mega-evento da capital japonesa no próximo ano. O Brasil, por ser atual campeão mundial (pentacampeão, a propósito), já tem posto garantido desde aquele triunfo sobre os argentinos em junho de 2018. Seis seleções disputaram, desde a terça-feira, 4, o torneio no Centro de Treinamento Paralímpico: Chile, Colômbia, México, Peru, além de brasileiros e argentinos.
As duas finalistas deste domingo têm reencontro marcado a partir de 23 de agosto. Nesta data terão início os Jogos Parapan-Americanos de Lima, Peru. Em três edições, desde o Rio 2007, o Brasil jamais experimentou outro resultado que não seja a conquista da medalha de ouro.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)