O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) anunciou nesta quinta-feira, 8, a lista dos 25 convocados para o Mundial de atletismo, que será disputado em Londres, de 14 a 23 de julho. O nomes dos integrantes da delegação brasileira foram anunciados durante evento no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, e contou com a presença de alguns atletas da lista, do presidente do CPB, Mizael Conrado, e representantes da Braskem, empresa cujo patrocínio para a modalidade foi renovado até 2021 e celebrado na cerimônia desta quinta-feira.
A lista de convocados conta com a experiência de atletas que já brilham em competições internacionais. Na atual delegação, 17 atletas estiveram nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Destes, 12 subiram ao pódio e foram responsáveis por 18 medalhas em solo carioca. Um ano antes, no Mundial de Doha, no Qatar, 10 dos convocados para Londres foram responsáveis por 13 medalhas do país.
Para o Mundial deste ano, o CPB apostou em índices fortes, baseados nas primeiras posições do ranking 2016 de cada prova e classe. Os índices A foram estabelecidos por meio de uma média entre as três melhores marcas, ou seja, aqueles atletas que alcançaram esta marca estariam no pódio nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016. Já os índices B foram formados por aproximação ao índice A, deixando o atleta muito próximo dos três melhores da média histórica recente do ranking mundial.
“Tivemos a preocupação de estabelecer critérios rígidos de classificação para o Mundial, para levarmos nossa equipe mais forte, em plenas condições de repetir lá no Estádio Olímpico de Londres o grande desempenho que o atletismo do país apresentou nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Estamos confiantes numa grande campanha neste Mundial”, afirmou Mizael Conrado, presidente do CPB.
A formação da seleção mostra uma renovação natural e de alto nível na equipe nacional. Entre os 25 convocados, nove vão estrear em um campeonato Mundial. No grupo que representa o Brasil em Londres 2017 também há 11 atletas com menos de 25 anos, ou seja, terão menos de trinta anos nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2020.
“Esperamos que aqueles que conseguiram o índice A estejam figurando entre os medalhistas de suas provas. E os que chegaram com índice B ficaram muito perto dos índices A, ou seja, bem próximos das melhores marcas do mundo”, aposta Alberto Martins, diretor técnico do CPB.
Um dos atletas que esteve no pódio tanto no Mundial de Doha quanto no Rio 2016 é Yohansson Nascimento, da classe T46 (amputação nos braços abaixo do cotovelo). Este será o quinto Mundial do alagoano – disputa desde Assen, na Holanda, em 2006 -, e não se intimida com a nova safra de atletas que surge nos cenários nacional e internacional.
“Será meu quinto Mundial em 12 anos de carreira. Novos talentos vão aparecendo em todas as classes e fico feliz em saber que ainda estou evoluindo, mesmo depois de muito tempo no esporte. Fiquei bem feliz também por ter alcançado um índice tão forte. Estou tranquilo em saber que não estou indo apenas para participar. Eu sei que estou indo para o quinto Mundial porque continuo com excelentes marcas. Vou lá para brigar por medalhas, e não apenas para competir. Já tenho oito pódios em Mundiais e tenho uma meta de voltar com mais duas medalhas e completar dez na carreira”, analisou o velocista, que vai competir nos 100m e nos 200m.
Para Yohansson, voltar ao Estádio Olímpico de Londres, palco deste Mundial, trará boas recordações. “Estou com uma ansiedade boa por voltar àquele estádio. Foi lá que ganhei meu primeiro ouro em Jogos Paralímpicos. Então é um local com muito significado para mim, tanto pela medalha quanto pelo pedido de casamento”, relembrou o alagoano que fez história ao abrir um bilhete escrito a mão pedindo da então noiva, Talita, em casamento, logo após triunfar nos 200m nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012. Neste ano, Yohansson e Talita celebram cinco anos de união.
Assessoria de imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)