Jane Karla, atleta do tiro com arco paralímpico, assumiu a liderança do ranking mundial da modalidade, após vencer, este ano, dois torneios internacionais em Dubai e em Ólbia, na Itália. Em julho, a brasileira participa também do European Para-Archery Cup, na República Tcheca, competição que em 2017, já a colocou entre as três melhores do mundo.
“Quando a gente faz o que gosta, os resultados vêm. Eu me dedico 100% ao esporte em busca dos resultados. Só tenho a agradecer o apoio que o Ministério do Esporte tem me dado, por me acompanhar e dar suporte desde a época do tênis de mesa. Sem isso eu talvez nem fosse atleta”, conta a goiana, contemplada com a Bolsa Pódio do governo federal.
Antes de iniciar no tiro com arco, Jane competia pela equipe brasileira de tênis de mesa, e chegou a disputar os Jogos Paralímpicos de Pequim-2008 e Londres-2012. Em 2015, migrou para o tiro com arco e já levou o título dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto. No Rio 2016, faltou pouco para o pódio: a brasileira perdeu nas quartas de final para a chinesa vice-campeã mundial Yueshan Lin.
Quando conquistou o título na etapa da República Tcheca da European Para-Archery Cup, no ano passado, Jane saiu da 11ª colocação no ranking internacional para a 3ª. Na época, a comemoração já foi intensa, mas ela avisou: “Quero melhorar ainda mais”. Em competição na Itália, entre os dias 2 e 9 de junho, Jane levou a melhor, garantiu o ouro e, com o resultado, assumiu, pela primeira vez, a liderança do ranking mundial.
“Foi a realização de um dos meus sonhos no esporte. Foram etapas. Fiquei em terceiro, depois em segundo e, desta vez, ‘primeirão’”, comemora a atleta, de 42 anos. “É uma sensação boa, de que o trabalho está dando resultado. A gente vem trabalhando bastante. Se Deus quiser, ainda vou realizar outros sonhos. A gente nunca para de sonhar. Uma medalha paralímpica e uma mundial. É bom ouvir nosso hino, ver nossa bandeira subindo”, afirma.
Jane chegou a disputar dois campeonatos mundiais seguidos, no ano passado. Em setembro, no Mundial Paralímpico da modalidade, terminou em nono depois de cair nas oitavas de final. Já em outubro, disputou o Mundial de Arco Composto, com atletas sem deficiência. “Passei na primeira rodada, depois peguei uma atleta muito forte, alemã, que ficou com o bronze. Foi uma experiência boa. A gente sempre aprende alguma coisa, e depois tenta melhorar o que errou”. A prova não faz parte do programa dos Jogos Olímpicos.
Agora, a atleta mora na Europa, para ficar mais perto das competições internacionais, e já pensa em um novo capítulo em sua carreira. “Por enquanto vou ficar aqui, e com foco total em Tóquio.”
*Com informações da Rede Nacional do Esporte (www.brasil2016.gov.br)
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)