O tênis em cadeira de rodas é uma modalidade que pode ser praticada por pessoas que foram diagnosticadas com deficiências físicas, relacionadas à locomoção. Se a limitação na locomoção ocasionar incapacidade de participar de competições de tênis convencionais, estará credenciada para participar de torneios de tênis em CR, segundo a Confederação Brasileira de Tênis (CBT).
A história do tênis em cadeira de rodas
A modalidade surgiu nos Estados Unidos em 1976 quando Jeff Minnenbraker e Brad Parks construíram as primeiras cadeiras de rodas adaptadas para o esporte e começaram a difundi-lo pelo país.
Doze anos depois, em 1988, a modalidade foi exibida nos Jogos Paralímpicos de Seul, na Coreia do Sul e, na edição seguinte, em 92, em Barcelona (Espanha), a competição na modalidade passou a valer medalhas. O Brasil fez sua estreia no tênis de mesa na edição de Atlanta, em 1992, tendo como representantes os tenistas José Carlos Morais e Francisco Reis Junior.
Classificação
Homens e mulheres podem participar das competições de tênis em cadeira de rodas, de forma individual ou em duplas. Existem duas classes dentro desta modalidade: uma é a Open, na qual todos os atletas estão aptos a jogar. A segunda categoria é a Quad, pela qual um atleta deve ter comprometimento em três extremidades do corpo, como na perna, no braço e na mão.
Cadeira e regras do esporte
A cadeira usada na modalidade deve ter as rodas inclinadas para que o atleta tenha agilidade nos movimentos e segurança dentro da quadra. Essa inclinação das rodas também permite que o atleta consiga fazer curvas de forma mais agressiva mas sem correr o risco da cadeira virar. Outro dispositivo que oferece mais segurança aos atletas é a presença de duas rodinhas pequenas que giram no próprio eixo e que estão dispostas na frente da cadeira. Estas rodinhas ajudam o atleta a se movimentar com maior destreza e precisão durante as partidas. Uma terceira rodinha pequena, similar às posteriores, está localizada na parte detrás da cadeira.
Também para segurança do atleta, a cadeira de rodas conta com cintos que ajudam a dar estabilidade e evitam que o atleta se desequilibre e sofra quedas da cadeira durante os movimentos.
Esta modalidade adaptada guarda muitas similaridades com o esporte convencional com relação às regras. A principal diferença está na chamada regra de dois quiques, que determina que o atleta cadeirante precisa mandar a bola para o outro lado antes que ela toque o chão pela terceira vez.
Onde praticar o tênis em cadeira de rodas
Para interessados em praticar o tênis em cadeira de rodas de forma amadora, a indicação é entrar em contato com a Federação de Tênis do Estado de residência. Cada Federação conhece os projetos locais e os centros de treinamentos de tênis em cadeira de rodas e pode sugerir os mais próximos, além de serem os mais recomendados para sanar dúvidas a respeito da prática esportiva. Consulte as Federações de Tênis clicando aqui.
Como ser um atleta profissional do tênis em cadeira de rodas
O desenvolvimento de um atleta da base ao alto rendimento é um processo complexo que passa por diversas etapas, todas descritas e detalhadas no eBook gratuito produzido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro: “Tudo que você precisa saber para se tornar um atleta paralímpico – desde a base até o alto rendimento”. Clique aqui para acessar o material.
O atleta que compete no tênis para cadeiras de roda tem diversos campeonatos para participar ao longo do ano. A seguir, veja as principais competições anuais da modalidade no país para tenistas em CR:
– Copa das Federações de Tênis em Cadeira de Rodas;
– Supercopa BRB de tênis em cadeira de rodas;
– Wheelchair Brasil – ITF Tênis Internacional;
– Brasília Open.
As principais competições são os torneios da Federação Internacional de Tênis (ITF) realizados no Brasil. O calendário está disponível no site da ITF, e pode ser consultado através deste link. É importante destacar que o calendário está em constante mudança e pode ser atualizado a qualquer momento, alterando data e local das competições previstas. Portanto é recomendado que o atleta consulte com frequência o calendário da ITF para certificar-se da realização das próximas competições.