O Camping Escolar Paralímpico, realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), por meio da sua Diretoria de Desenvolvimento Esportivo, oferece a jovens talentos do taekwondo a oportunidade de vivenciar uma rotina de alto rendimento e acelerar seu desenvolvimento esportivo.
O evento é realizado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, até próximo domingo, 9, e está em sua segunda edição de 2023. Estão reunidos 118 atletas, oriundos de 20 unidades federativas (AP, CE, ES, DF, GO, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, RO, RR, RS, SE, SC e SP) de 11 modalidades: atletismo, badminton, basquete em cadeira de rodas, bocha, futebol de paralisados cerebrais, halterofilismo, natação, taekwondo, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado.
Além dos treinos específicos de sua modalidade, os atletas são submetidos a avaliações físicas, terão acompanhamento multidisciplinar e assistirão a palestras relacionadas à rotina de alto rendimento.
No caso do taekwondo, que estreou no Camping em fevereiro deste ano e conta com a participação de três atletas, os lutadores têm a oportunidade de realizar treinamentos específicos para a modalidade adaptada. “É comum que o atleta paralímpico seja o único na academia, treinando em meio a atletas sem deficiência, que competem em outra regra. Quando reunimos eles aqui e todos participam do mesmo sistema tático e em rotina de alto rendimento, criando uma cultura esportiva positiva, isso é muito importante”, explicou Alan dos Santos do Carmo, professor responsável pelas atividades da modalidade no Camping.
O paranaense João Gabriel Cardoso, 15, um dos participantes do Camping, tem a mesma avaliação. Ele, que tem má formação no braço direito, treina em sua cidade natal, Santo Antônio da Platina, com atletas convencionais e disse perceber diferença nas atividades. “É diferente. Aqui, aprendo a trabalhar com a deficiência na competição. Se meu braço é curto, preciso aprender a me defender mesmo assim, quando o adversário chutar, porque ninguém no paralímpico vai ser cavalheiro comigo”.
João já foi campeão paranaense e da Copa do Paraná em disputas convencionais, na categoria juvenil. Já no Movimento Paralímpico, ele foi campeão brasileiro e das Paralimpíadas Escolares – todos os títulos foram conquistados em 2022.
Em julho, o jovem atleta também fará suas primeiras atividades com a seleção juvenil da modalidade. A convocação veio após participação em um draft. “Quero continuar firme na pegada dos treinos, aproveitando oportunidades como o Camping para treinar e aumentar o conhecimento do esporte, mirando Jogos Paralímpicos no futuro”.
Também faz parte do grupo o lutador Pedro Jorge de Oliveira, 17, de São José dos Campos (SP). O lutador afirmou que o Camping o permite aprimorar aquilo que já treina em sua cidade. Ele começou a treinar há um ano e meio e já foi medalha de prata no Campeonato Brasileiro Juvenil e nas Paralimpíadas Escolares. João teve amputação do braço esquerdo nos primeiros meses de vida.
A estreia do taekwondo em Jogos Paralímpicos foi na edição de Tóquio 2020. Na ocasião, o Brasil foi campeão da modalidade, tendo levado três atletas e obtido medalhas com todos eles: Nathan Torquato (ouro na categoria até 61kg), Débora Menezes (prata na categoria acima de 58kg) e Silvana Fernandes (bronze na categoria até 58kg).
Patrocínio
O Camping Escolar Paralímpico conta com o patrocínio via Lei de Incentivo ao Esporte do Governo Federal
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
