O Estado do Pará foi anunciado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) como o campeão da etapa regional de Belém das Paralimpíadas Escolares 2023, durante cerimônia de encerramento realizada na noite desta sexta-feira, 11, na capital paraense. A segunda etapa regional será em Brasília (DF) de 30 de agosto a 1º de setembro.
Os paraenses foram campeões com 34 pontos e ficaram à frente das delegações da Paraíba, que terminou em segundo lugar, com 29, e Pernambuco, que completou o pódio na terceira colocação, com 22.
Rio Grande do Norte e Sergipe, ambos com 20 pontos, ficaram na quarta e quinta posições, respectivamente – os potiguares levaram vantagem na classificação por terem maior número de atletas inscritos, um dos critérios de desempate estabelecidos no regulamento geral da competição.
De acordo com o regulamento oficial das Paralimpíadas Escolares, a classificação geral das etapas regionais da competição é definida pela soma das colocações dos Estados obtidas nas três modalidades, que obedece à uma pontuação pré-estabelecida para cada posição na tabela.
“Agradecemos a todos por fazer o Movimento Paralímpico se tornar a realidade que é hoje. Organizar uma competição com 500 alunos com deficiência de 10 estados na região Norte do país é uma grande vitória que o Comitê Paralímpico Brasileiro alcançou. Obrigado a todas as delegações por representarem isso. E não podemos parar por aí. Continuaremos na nossa missão de incluir cada vez mais por todo o país”, discursou Ramon Pereira, diretor de Desenvolvimento Esportivo do CPB.
Pará conquistou o título da regional de Belém porque teve grande desempenho, principalmente, no atletismo, na qual foi a primeira colocada. Já a delegação paraibana foi a que mais pontuou nas disputas de bocha, enquanto nas provas de natação a equipe de Sergipe foi a melhor.
A competição em Belém contou com cerca de 500 jovens atletas com deficiência que representaram 10 estados (Pará, Ceará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Alagoas e Amapá) em provas de atletismo, natação e bocha. Entre eles, a lançadora e arremessadora pernambucana Kaylanne Freitas, 16, que estreou nas Paralimpíadas Escolares somente após cinco meses de ter sofrido um ataque de tubarão.
Já o cearense Davi Mendes Teixeira, 14, participou da sua primeira competição oficial na vida ao representar seu estado na bocha pela classe BC1 (que tem a opção de auxílio de ajudantes). O jovem, que tem paralisia cerebral (tetraplegia), faz uma viagem de quase duas horas pelo menos uma vez por semana de Paraipaba, sua cidade natal, à capital Fortaleza para realizar os treinos de bocha e fazer fisioterapia.
As Paralimpíadas Escolares têm o mesmo formato do ano passado. Serão três fases regionais em Belém, Brasília e São Paulo, entre os meses de agosto e setembro. Para as regionais, foram selecionadas as modalidades que possuem um grande número de inscritos na fase nacional.
Os três primeiros colocados nos regionais de atletismo e natação se classificam automaticamente para a Fase Nacional, que será também em São Paulo, no Centro de Treinamento Paralímpico, de 27 de novembro a 2 de dezembro. Já na bocha, os dois primeiros, por gênero, conquistam a vaga.
As Paralimpíadas Escolares tiveram a sua primeira edição em 2009. Talentos do paradesporto brasileiro já passaram pelas Escolares, como Petrúcio Ferreira, recordista mundial nos 100m (classe T47), bicampeão paralímpico e tri mundial; o jogador de goalball Leomon Moreno, prata nos Jogos de Londres 2012, bronze no Rio 2016 e ouro em Tóquio 2020; a mesatenista Bruna Alexandre, bronze no Rio 2016 e prata nos Jogos de Tóquio 2020, entre outros.
Confira a classificação final da regional Belém das Paralimpíadas Escolares 2023:
1º Pará
2º Paraíba
3º Pernambuco
4º Rio Grande do Norte
5º Sergipe
6º Maranhão
7º Ceará
8º Amapá
9º Alagoas
10º Piauí
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
