Nota atualizada às 18h10
O atleta catarinense Edenilson Floriani, 32 anos, venceu a prova do arremesso de peso pela classe F42 (para atletas com deficiência em membros inferiores) das Paralimpíadas Universitárias nesta quinta-feira, 25, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, durante o Conexão Paralímpica. Ele é um dos atletas que estão em busca de disputar o Mundial de atletismo em Paris, de 8 a 17 de julho.
O Conexão Paralímpica é um evento realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2022 e que agrega três competições: as Paralimpíadas Universitárias, torneio com estudantes universitários; o Intercentros, competição entre alunos dos Centros de Referência do CPB; e as Paralimpíadas Militares, que têm o objetivo de estimular a prática esportiva entre militares e agentes de segurança com deficiência, a fim de identificar e desenvolver talentos. O evento conta com a participação de 301 atletas e se encerra nesta sexta-feira, 26.
Além da capital paulista, que está recebendo o evento em maio, Goiânia (GO), em junho, e João Pessoa (PB), em julho, receberão o evento. Em outubro, a temporada será encerrada com uma fase nacional, novamente em São Paulo.
A 1ª fase regional acontece em dois locais na capital paulista. O Centro de Treinamento Paralímpico sedia disputas de atletismo, natação, bocha e tiro com arco. Já as provas de tiro esportivo ocorrem na Escola de Educação Física da Polícia Militar.
Já a primeira edição do Conexão Paralímpica, em João Pessoa, reuniu 510 participantes.
Edenilson realizou um arremesso a 14,01m, superando a sua própria meta, que era de 14,00m. Para o atleta, que sofreu uma atrofia no joelho e na articulação do quadril após um acidente em 2011, participar do Conexão o ajuda a manter um ritmo de provas em um ano com eventos importantes. “Meu resultado está dentro do esperado. Venho de uma semana de treinamento muito pesada e sabia que isso diminuiria um pouco minha a marca. O foco agora será disputar o Campeonato Brasileiro daqui a duas semanas e representar muito bem nosso país no Mundial, caso eu seja convocado”, explicou.
O catarinense, que representou o país nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, é o atual recordista mundial no lançamento de dardo, quando teve 59,19m como melhor resultado na Segunda Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa, no início de maio. Na mesma competição, obteve também sua melhor marca pessoal no peso, ao arremessar 14,40m, o que o levou à segunda colocação do ranking mundial. Com isso, ele se coloca entre os possíveis selecionáveis para o Mundial de Paris. A lista final de 50 convocados será divulgada nas próximas semanas.
“É gratificante estar aqui, passar minha experiência para os que estão chegando agora. Muitos aqui estão participando pela primeira vez de uma competição desse tamanho, talvez seja até a primeira disputa desde que adquiriram a deficiência”, disse o atleta, que esteve na primeira edição do Conexão Paralímpica, realizada em outubro do ano passado, em João Pessoa.
Edenilson é aluno de Educação Física da UniSociesc, em Joinville. Ele conta que incentiva atletas mais jovens a não deixarem os estudos, mesmo que tenham uma rotina de treinos intensa. “Faço Educação Física e me formo no final do ano. Pretendo emendar uma pós-graduação para seguir competindo nas Paralimpíadas Universitárias e também me preparar para o futuro, porque sabemos que a carreira de atleta é curta”, finalizou.
O Conexão Paralímpica também abre espaço para estreantes, como é o caso de Miguel Magalhães de Oliveira, 12, aluno da Escola Paralímpica de Esportes, projeto de iniciação esportiva do Comitê Paralímpico Brasileiro para crianças e jovens de 7 a 17 anos.
Miguel gosta de nadar desde os dois anos. Ele participou de sua primeira competição na manhã desta quinta, 25. O jovem, que tem nanismo e compete na classe S6 (comprometimentos físico-motores), saiu com duas medalhas de ouro no Intercentros: uma na prova dos 50m peito (2min07s05) e outra nos 100m costas (3min02s53)
Ele disse ter ficado nervoso antes de sua prova, por não saber o que esperar dos outros competidores. “Fiquei muito feliz. Estou aqui há pouco tempo, três meses, e fiquei com uma sensação muito boa, minha mãe até chorou quando viu eu vencendo”.
Patrocínios
O atletismo é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa e Braskem.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
O atleta Edenilson Floriani é integrante do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
